domingo, 5 de agosto de 2012

O MEDO

Provavelmente este deve ser um dos posts mais comentados deste bloq e porque?  O mundo anda tão cheio, tudo anda tão acessível e apesar de tudo isso, as pessoas estão cada vez mais sozinhas. Velhos medos infantis continuam assombrando cada um de nós cada vez mais forte. Como canta kid abelha “É tanto medo de sofrimento, que eu sofro só de pensar... No fundo acho que grande parte de nós, fica só por medo da rejeição. Pense que sonho seria se  houvesse uma “pílula da coragem” que nos daria a descontração, cara de pau e leveza necessárias para sairmos por ai procurando o “oásis do amor” sem a mínima preocupação com opiniões alheias?! Sem o desespero de querer se enquadrar e agradar o tempo todo?! Imagine você irmã e/ou irmão solitário saindo pela night sem se importar em agradar, mas sim em ser agradado?!
Pois bem, deve ser assim que vivem atualmente pessoas como Gisele Bündchen, Madonna, Lady Gaga, (o feioso) Lula, Eike Batista e outros.  
Mas para nós e o resto da humanidade que não tem os “créditos especiais” naum, naum...hum, hum, hum!!!  Acorda! A vida não é tão simples assim Alice!
Sabe qual é a principal característica de um solitário convicto? O MEDO. Grande parte de nós age e reage com se fossem caramujos. Ao primeiro sinal de perigo, nos trancamos por dentro e só abrimos na próxima estação, ou pior, alguns de nós se trancam e jogam a chave fora.
Eu sonho com todas as forças da minha alma em encontrar alguém para dividir a pasta de dentes, a cama, as contas, meu Xbox e a vida. Mas seria hipócrita se não assumisse que pouco me arrisquei. Eh verdade que tentei duas ou três vezes em 38 anos, e que em todas fui mal sucedida, mas quantas vezes será que a Gisele Bündchen também tentou?
Gisele caso leia este blog, por favor, entre aqui e conte para gente:
QUANTOS TOCOS VC JÁ TOMOU NA VIDA?
Sinceramente, do alto dos meus 38 anos de solidão, sei o quanto é real a dor da solidão! O quanto é angustiante não saber o que fazer ou falar na hora em que alguém que nos agrada está próximo, do gosto amargo que fica na boca ao entrar em casa e perceber que a única voz do ambiente a sua própria. Do ridículo de não saber se deve ou não criar um perfil nas redes sociais por ser pouco popular, por achar que ninguém vai querer ser seu amigo. Da dificuldade de participar de eventos no trabalho por não se sentir bem em público, do quando é triste chegar a uma sessão de cinema e ser a única pessoa desacompanhada da sala. Do aperto que dá no coração quando andando pela rua, num ônibus, num lugar qualquer, ao se deparar com um casal se acariciando pensar: Como deve ser o gosto de um beijo? (De alguém que escove os dentes, é claro!) De pensar como deve ser a reação do corpo quando acariciado por alguém que nos agrada? Como deve ser a felicidade de abrir os olhos pela manhã ao lado de alguém que quis estar ali com você? De sentir medo, ou incerteza e ter alguém em quem confia para contar. De ficar quieto, triste e ter alguém para perguntar o  porque. Enfim, diferente de alguns que postam aqui, nunca tive muitos amigos, na verdade tive somente uma amiga na vida e nos afastamos a muito tempo. Desde então tenho colegas de trabalho, clientes e familiares. Amigos não.  As vezes procuramos algo muito mais complexo que sexo quando nos deitamos com alguém, procuramos aceitação, um lugar dentro do coração e da vida do outro. É triste, mas não há brilho sozinho.
Enfim, vi várias pessoas aqui propondo que deixemos nossos endereços, que nos mostremos e concordo com elas. Se dará certo não sei, sei que se continuarmos isolados, ai sim, a solidão é certa.

terça-feira, 3 de julho de 2012

O CICLO

Aqui estou eu escrevendo para ninguém mais uma vez. Hoje fiquei 02 horas ao lado de um cara de quem gosto e nada aconteceu. O cara depois de alguns minutos cochilou, mexeu no celular, reparou em outra mulher, fez de tudo um pouco, de menos prestar atenção em mim. Ser pouco atraente é tão complicado! Hum que muro de lamentações!!! Acorda, levanta, se veste, vai trabalhar, volta, come, dorme, acorda, levanta... O CICLO.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O mundo está recheado de solitários...

Hoje passeando pela internet não acreditei no número de postagens de pessoas com mais de 30 anos afirmando nunca terem se relacionado amorosamente com nínguem. Quanta gente solitária no mundo!!! Que pena!!! Eu mesma postei em um dos sites o texto abaixo:

Gente eu não acredito!!! Tem gente no mundo igual a mim!!! Não sei se fico feliz e aliviada ou triste por saber que outros vivem o que eu vivo. Vocês são de verdade? Porque sinceramente as vezes acho que eu não existo. Tenho 37 anos e nunca fiquei com ninguém, nem um beijo sequer. Durante muito tempo vivi neste processo de “transe” ou “sonho” de que alguém iria me ver e se apaixonar por mim, me resgatando das masmorras da solidão. Mas vamos lá, isso não existe! Com os anos tenho observado e entendido que namorar também dá trabalho, exige “um certo” esforço e exposição.

Mas vamos a minha história. No meu caso, fui uma criança muito amada e querida, porém nunca tive amiguinhos, mas eu era até sociável. Quando me tornei adolescente acabei saindo dos padrões de beleza da época e fiquei baixinha, gordinha e meio feinha. Moral da história: Eu era alvo de inúmeras gracinhas. Vivi um monte de situações muito parecidas com as que li acima. Teve uma vez (aos 15 anos), em que eu vendia doces na escola para ajudar nas despesas da casa e um colega de escola super sacana fez uma aposta com os outros meninos de que iria me iludir e comer doces de graça o qto quisesse. Eu bobinha acreditei que ele gostava de mim e acabei caindo da lábia dele, sempre me pedia doces e eu dava, achando que ele era bom por me dar atenção. Acabei descobrindo que mentia da pior forma, ao ouvi-lo dizer aos outros que pra me pegar ele teria que ficar com todos os doces da semana e que ainda seria pouco. Ali comecei a acredita que não merecia ser admirada como mulher e de alguma forma me tornei minha pior inimiga. Mas por outro lado, algo dentro de mim nunca desistiu de procurar mudar e eu ainda acho que vou encontrar alguém que vai me aceitar com naturalidade e amor.

 Já bem mais velha, gostei de vários rapazes, mas nunca tinha coragem de me declarar. Aos 29 anos me apaixonei por um colega e depois de três anos de amor platônico, comecei a me corresponder com ele pela internet. Ficamos íntimos, então me enchi de coragem e me revelei para ele numa bela tarde de sábado. Disse quem era e que também estava ansiosa para encontra-lo. Adivinha o que aconteceu? Qdo. soube que eu era a menina da carta o cara tratou de sair fora e desapareceu aos poucos. De lá pra cá pouca coisa mudou, hoje quase 10 anos depois, ainda estou só. Tenho enorme dificuldade em ir a festas e eventos sociais, mas por questões profissionais as vezes eu participo de uma coisa ou outra. Profissionalmente sou “graças a Deus” muito bem sucedida. Mas isto não mudou muito minha insegurança com relação aos homens. Tenho medo, acho que todos me acharão feia e desinteressante. Como sou tímida e caseira, meu papo é muito diferente do que os homens de hoje gostam nas mulheres. E por não ter nenhuma experiência no mundo sexual não tenho como me insinuar muito. Alguns colegas já externaram que me acham muito fechada. Mas não sei como agir diferente, tenho medo de ser ridícula, de comprometer meu trabalho  e acima de tudo de sofrer de novo a dor da rejeição sozinha.
Feridas do coração são por si extremamente dolorosas, mas cura-las sozinha é algo ainda pior.
Mas no fundo ainda guardo tanta esperança no coração e agora encontrando este blog de certa forma me sinto melhor. Sabe que nunca pensei que poderia contar sobre isso para alguém? Obrigada.
Mas após postar o texto pensei como seria bom ter como encontrar outras pessoas como eu para conversar. Vamos conversar?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Porque este blog nasceu?

Francamente, nem eu acredito neste blog. Mas depois de anos lendo conselhos para solitários "iguais" a mim, decidi externar minhas opiniões. Qual sozinho não se aventurou a entrar nestes sites de ajuda que existem por ai para falar sobre sua condição e ouviu como resposta: Consulte um psicólogo, procure um profissional para auxilia-lo (lá) a mudar sua condição... Oh céus!!! Cá entre nós, isso não resolve muita coisa! Sair, buscar outras pessoas é a solução e nós também sabemos disso, somos solitários, não burros. O grande lance aqui é: E como vamos fazer isso? Como vamos do dia para a noite, nos tornarmos tagarelas, simpáticos, cativantes  atraentes, aprender a confiar no outro, se abrir? Só a morte é mais difícil que mudar.
Diante disso, estou por aqui querendo conversar com pessoas que, como eu, sabem o que é a fobia de sair com colegas de trabalho, do nervosismo dos encontros sociais, do desafio de se tornar o fogo de artifício da canção da Kate Perry  (para quem nunca ouviu aconselho a ouvir, a canção se chama “Firework”) . Enfim, como acreditar que somos mesmo feitos do mesmo material que as estrelas e que como elas, também estamos destinados a brilhar. Vamos conversar?